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Les Petits Riens

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Quando alguém me pergunta se sei fazer um grande vinho branco, respondo: “Em teoria sim!”. O pior é quando me pedem para explicar como. Também sei, mas é mais difícil de explanar. Respondo normalmente que é um somatório de pequenos pormenores carentes de esforço, paciência e empenho de toda a equipa para os juntar.

Pequenas e quase insignificantes peças de equipamento, podem fazer, por exemplo, a diferença entre um vinho bom e um muito bom, mais ainda entre este e a excelência.

Numa adega de brancos, como é a nossa, para além da assepsia e da qualidade/ajuste do equipamento, considero importante a minimização do contacto do vinho/mosto com o ar em cada processo que obrigue à sua movimentação.

Pequenos gadgets, como os representados na imagem, podem ser importantes elementos de aumento da qualidade geral. No caso específico, tratam-se de “ponteiras” com válvulas de corte para montar nas mangueira de trasfega que permitem cortar o fluxo de liquido entre o final desta e o inicio/fim das cubas, com o plus de possuírem uma purga que deixa retirar o ar da tubagem. Simulam, de uma forma muito eficiente as vantagens de um sistema fechado, que, dada a complexidade, custo, efeito estético e necessidade de maior acompanhamento técnico, desaconselho, em absoluto para adegas como a da Quinta da Murta. Efectivamente o que fazem é simples, não deixam que saia vinho, nem deixam que se incorpore ar.

Convenço-me de que os Quinta da Murta – the wine of Shakespeare – são cada vez mais, vinhos que respondem a essa qualidade conseguida pela soma de pequenos nadas. Vinhos que correspondem à vontade de fazer cada vez melhor, mais expressivo e mais duradouro.

Se de facto estamos no bom caminho, esperamos que sejam vocês quem nos vá dizendo!

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