Fim do outono na Murta

Caminhamos a passos largos para o inicio do Inverno. No campo, aproveitamos a dormência das plantas para lhes retirar os galhos em excesso. Assim apanhadas na traição cíclica do sono frio, imitamos Dalila na privação do vigor de Sanção.

Vive-se uma paz gelada. Um silencio glacial, cortado aqui e ali apenas pelo clic, clis, clic das tesouras.

Na adega, arrumam-se os vinhos, actualizam-se as legalidades, programa-se o novo ano.

No escritório, adaptamo-nos à nova vida, prepara-se o futuro, discutem-se as garrafas, os rótulos as rolhas e todos os pequenos pormenores que demonstram o nosso empenho pela apresentação de vinhos cada vez melhores.

Esta fase não é muito menos trabalhosa do que a Vindima, mas é mais calma, mais mental, mais serena.
É, para mim um elixir. Serve uma necessidade de balanços e novas decisões.

E sabem o que é bom de fazer também por estes dias? Receber os amigos, os clientes e todos os que se interessam pela Quinta da Murta. Trocar umas impressões, inspirar um pouco de ar fresco e, para os mais corajosos, fazer uma provas da cuba.

Como é? Estão interessados?